No ano passado, 190 animais foram atropelados em rodovias de MS
Caroline Maldonado
Em 2014, o número de atropelamento de animais em rodovias federais caiu 14,4%, em relação ao ano anterior. A maioria dos acidentes ocorre
na rodovia que liga a Capital a Corumbá, no Pantanal. A BR-262, no
trecho entre os quilômetros 365 e 779 foi cenário de 18,9% dos 190
atropelamentos ocorridos no ano passado.
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No
dia 12 de janeiro, uma mulher de 25 anos morreu na BR-040, próximo a
Santa Rita do Pardo, a 266 quilômetros de Campo Grande, depois que o
veículo onde estava atropelou uma anta de aproximadamente 200 quilos,
que atravessava a pista. Helen Milene de Almeida viajava em um Fiat
Palio que capotou após bater no animal. Ela foi lançada para fora do
veículo junto ao banco. O marido, que dirigia o carro, e uma terceira
pessoa ficaram feridos e foram socorridos.
Nos acidentes registrados
pela PRF (Polícia Rodoviária Federal) em 2014, quatro pessoas tiveram
ferimentos leves e três ficaram gravemente feridas nesse tipo de
acidente. Nos últimos dois anos, nenhuma pessoa morreu nas colisões, que
em sua maioria resultam em pequenos prejuízos aos condutores, além da
morte do animal.
Nem todos os acidentes são
contabilizados pela PRF, pois os condutores costumam chamar os
policiais apenas quando os estragos nos veículos demandam que o seguro
seja acionado. Alguns viajantes se quer param para verificar o estado do
animal e não há obrigação determinada por lei quanto a esta situação,
no entanto as autoridades recomendam que os condutores parem o veículo
no acostamento e caso o animal morto esteja na pista, façam a remoção.
Risco dobrado
- O bicho atropelado pode provocar um segundo acidente. “Existe até
casos de capotamento por causa do animal que ficou morto na pista, em
especial quando se trata de bichos maiores, como a anta”, alerta do
major da PMA (Polícia Militar Ambiental), Edmilson Queiroz. O militar
acredita que o respeito ao limite de velocidade pode reduzir
significativamente o número de acidentes. "Se o condutor viajar no
limite da via, com certeza há tempo de ver o animal, reduzir e evitar o acidente", destaca.
A
PRF faz a remoção dos animais que são deixados nas rodovias ou
encaminha para a PMA, quando o bicho sobrevive a pancada. “Quando ocorre
um acidente, o código de trânsito prescreve que o condutor deve liberar
a via e se for possível também o animal, mas não há prescrição em
relação ao animal especificamente. Socorrer ou removê-lo é um ato de
cidadania”, comenta o inspetor da PRF, Tércio Baggio, ao lembrar que o
condutor deve chamar a polícia rodoviária pelo número 191, em caso de
acidente.
O inspetor aproveita para alertar os condutores que
deixar o veículo impedindo o tráfego na pista, quando não há vítimas, é
infração média, cuja a penalidade inclui multa de aproximadamente R$ 85 e
4 pontos na carteira de habilitação. “Muitas vezes, ninguém ficou
ferido e os condutores deixam os carros atrapalhando o trânsito. Não há
necessidade disso, pois nós temos como identificar quem está certo e
quem está errado. Basta bater fotos e tirar o veículo para evitar outro
acidente”, explica.
No caso de animais mortos em vias urbanas,
a empresa que realiza serviço de limpeza na Capital, a Solurb deve ser
chamada para fazer a remoção. A PMA também pode ser acionada pelo telefone 3357-1500.› Carro atropela anta de 200 kg e passageira de 25 anos morre na batida
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