terça-feira, 2 de junho de 2009

Tragédia e mistério na rota Rio-Paris (Manchete de O Globo)

O Globo

Sumiço de airbus da Air France no Atlântico com 228 pessoas choca, comove e intriga o mundo

No maior desastre aéreo envolvendo brasileiros, o voo 447 da Air France que saiu do Rio com 228 pessoas, na noite de domingo, com destino à Cidade Luz, desapareceu do controle de radares enquanto sobrevoava o Oceano Atlântico, na fronteira entre o espaço aéreo brasileiro e o senegalês. O paradeiro da aeronave e as causas do acidente ainda eram desconhecidos até o fim da noite de ontem. A última informação que se tem é que uma mensagem automática de pane elétrica e despressurização foi enviada pela aeronave às 23h14m de domingo. A Air France diz que o avião pode ter sido atingido por um raio em meio a turbulência. Morreram 58 brasileiros, 61 franceses, 26 alemães, entre passageiros de mais 33 nacionalidades. A Aeronáutica informou, no fim da tarde de ontem, que o governo do Senegal teria localizado em seu mar territorial supostos pedaços de materiais, mas não confirmou que seriam do avião. O governador Sérgio Cabral e o prefeito Eduardo Paes decretaram luto por três dias. Entre as vítimas estão executivos de multinacionais como Luiz Roberto Anastácio (Michelin) e Erich Heine (Thyssenkrupp CSA), além do príncipe Pedro Luís de Orleans e Bragança, descendente de Dom Pedro II; o maestro Silvio Barbato e Marcelo de Oliveira, chefe de gabinete do prefeito do Rio. (págs. 1 e Caderno Especial)

Foto legenda: Choro e desespero nos aeroportos de Paris e do Rio: parentes dos passageiros do voo 447 da Air France buscam informações sobre o destino da aeronave que desapareceu quando sobrevoava o Atlântico

Destinos cruzados
Bianca Cotta e Carlos Eduardo de Melo casaram-se no sábado numa festa para 500 convidados e, no dia seguinte, viajaram para a sonhada lua de mel em Paris. Essa foi uma das centenas de histórias interrompidas na tragédia. Mas, em meio à tristeza, João Marcelo Calaça chorou: de alivio, por escapar da morte. Ele não pôde embarcar porque descobriu, só no aeroporto, que seu passaporte estava vencido. (págs. 1 e Caderno Especial)

Sarkozy vai e Lula manda vice
O presidente Lula, que estava em El Salvador, manteve sua participação na posse do presidente Maurício Funes, mas mandou o vice José Alencar ao Galeão. Em Paris, o presidente Sarkozy foi ao Charles de Gaulle conversar com parentes de vítimas. (págs. 1 e Caderno Especial)

Abismo marinho pode tornar impossível recuperar destroços (págs. 1 e Caderno Especial)

A lista (ainda não oficial) dos passageiros do AF 447 (págs. 1 e Caderno Especial)

Em tempo real, no site do GLOBO, a busca do avião desaparecido (págs. 1 e Caderno Especial)

Os maiores desastres da história da aviação comercial (págs. 1 e Caderno Especial)

------------------------------------------------------------------------------------

Folha de S. Paulo

Manchete: Avião com 228 a bordo some no mar no trajeto Rio-Paris
Último contato informou pane elétrica; Aeronáutica enviou alertas de tempestade

Tripulação de voo no sentido oposto viu 'focos luminosos' no mar, segundo a TAM

Com 228 pessoas a bordo, um Airbus da Air France que saiu do Rio no domingo à noite rumo a Paris desapareceu ao sobrevoar o Atlântico. O voa AF-447 deveria chegar à França às 6h15 de ontem (horário de Brasília), mas seu último contato, uma mensagem automática relatando pane elétrica, foi feito às 23h14 de domingo.

A Air France informou que havia 58 brasileiros no Airbus. A causa do acidente - para especialistas, o maior já ocorrido com aeronave que tenha decolado do Brasil - ainda é desconhecida.

Segundo a TAM, a tripulação de um voo Paris-Rio viu focos luminosos no mar, a aproximadamente 1.300 km de Fernando de Noronha (PE). Na noite de domingo, a Aeronáutica emitira quatro alertas de tempestade.

Autoridades creem que o avião tenha caído em águas profundas, o que dificulta o resgate. Os presidentes Nicolas Sarkozy e Lula lamentaram o ocorrido. (págs. 1 e Cotidiano)

Foto legenda: Familiares de passageiros do voo da Air France que desapareceu no trajeto para Paris aguardam informações no aeroporto do Rio

Aeronave levava passageiros de 32 países, entre eles executivos
O avião que desapareceu levava passageiros de 32 paises, na maioria brasileiros e franceses. Entre eles havia executivos da Vale, da Michelin e da ThyssenKrupp, dois integrantes da ONG Viva Rio e três italianos que faziam ações assistenciais no Brasil, além do príncipe Pedro de Orleans e Bragança e do maestro Silvio Barbato.

Angustiados, parentes se queixavam da demora para a confirmação dos nomes no aeroporto do Rio. (págs. 1, C4 e C5)

Navios e aviões vasculham da costa do país ao mar do Senegal
A procura pelo Airbus se estende por 2.000 quilômetros entre Brasil e Senegal.

Seis aeronaves e dois helicópteros partiram de diferentes pontos do país para a procura. A Marinha também coordena ações de busca com o auxílio de navios mercantes. A França mobilizou aviões e uma embarcação militar. A Espanha ofereceu duas aeronaves.

Foi pedido aos EUA o uso de equipamentos de localização por satélite. (págs. 1 e C3)

------------------------------------------------------------------------------------

O Estado de S. Paulo

Manchete: Em tragédia inédita, Airbus some na rota Rio-Paris com 228 a bordo
Na era da aviação comercial, nunca houve acidentes no trajeto
58 brasileiros estavam no avião
Causa do desastre permanece desconhecida
Águas profundas dificultam buscas, que envolvem 13 aeronaves e 4 navios


Um Airbus A330 da Air France com 228 pessoas a bordo, que saiu do Rio de Janeiro na noite de domingo com destino a Paris, desapareceu dos radares. Dos passageiros, 58 eram brasileiros. A lista com os nomes não havia sido divulgada até a noite de ontem. As autoridades consideravam que a aeronave caiu no Atlântico, em águas profundas, o que deve dificultar o resgate. Houve intensas buscas por parte de militares do Brasil em área próxima de Fernando de Noronha. As causas do acidente ainda eram desconhecidas. Especulava-se que o Airbus, operativo desde 2005, pode ter sido atingido por raio ou enfrentado forte turbulência, mas especialistas descartam que isso derrube um avião. Acidentes em voos sobre o mar são os mais raros na aviação - representam 9,51% do total na história. No caso de voos sobre o Atlântico, nunca houve acidentes na rota desde que ela se tornou comercial. (págs. 1, C1 e c3 a C11)

Jato avisou sobre pane elétrica

Pouco antes de entrar no espaço aéreo do Senegal (África), o Airbus A330 enviou à Air France uma mensagem automática. Ela indicava despressurização, redução de potência dos motores e falha do sistema elétrico. (págs. 1 e C4)

Foto legenda: Desespero
Parente de passageiro do voo 447 chega ao Aeroporto Internacional do Rio para acompanhar as notícias sobre o acidente

Histórias da tragédia: Italianos fizeram doação a vítimas de enchentes
Os italianos Rino Zandonai, Giovanni Lenzi e Luigi Zortea, vítimas do voo 447, haviam doado € 22 mil para um projeto de atendimento a comunidades atingidas pelas enchentes em Santa Catarina no ano passado. (págs. 1 e C8)

Histórias da tragédia: Passaporte vencido salvou vida de carioca
João Marcelo Calaça estava com passaporte vencido. Por isso, não embarcou no voo 447. "Foi um erro bobo que salvou minha vida", disse. Já um casal francês não conseguiu embarcar porque o voo estava lotado. (págs. 1 e C8)

Histórias da tragédia: Casal embarcou para lua de mel em Paris
A médica Bianca Cotta e o advogado Carlos Eduardo Macário haviam casado no sábado em Niterói, em festa que terminou às 3h de domingo. À tarde, embarcaram para Paris, onde passariam a lua de mel. (págs. 1 e C6)

Histórias da tragédia: A bordo, um maestro e um príncipe
O príncipe Pedro Luiz de Orleans e Bragança, de 26 anos, quarto na linha sucessória da família imperial brasileira, vivia em Luxemburgo. Já o maestro Silvio Barbato, de 50, viajou para encontrar a filha na Itália. (págs. 1 e C7)

------------------------------------------------------------------------------------

Jornal do Brasil

Manchete: A dor de quem fica
Famílias de pessoas que estavam no vôo da Air France choram por desaparecidos
Anac confirma 57 brasileiros entre 228 passageiros que embarcaram para Paris
Condições climáticas prejudicam trabalho de localização de vítimas e destroços
Especialistas analisam possíveis causas e apontam combinação de ocorrências

O Airbus A330-200 da Air France decolou do Aeroporto Tom Jobim no início da noite de domingo e, pouco mais de três horas depois, desapareceu no meio do Atlântico ao atravessar uma zona de tempestade com fortes turbulências. A bordo, passageiros de 32 nacionalidades. Equipes da FAB e da Marinha foram destacadas para localizar os destroços do avião a mais de mil quilômetros da costa. Caderno especial refaz a trajetória do vôo trágico e descreve o drama de parentes e amigos em busca de informações. (págs. 1 e Tema do Dia D1 a D8)

Foto legenda: O drama da incerteza – No Aeroporto Tom Jobim, no Rio, e no Charles de Gaulle, em Paris, parentes e amigos de passageiros do vôo 447 passaram o dia à espera de notícias

Foto legenda: Solidariedade – O governador Sérgio Cabral e o presidente em exercício, José Alencar, no Tom Jobim

------------------------------------------------------------------------------------

Correio Braziliense

Manchete: Air France 447 o voo da dor
O desaparecimento do Airbus A330-200 é uma tragédia multinacional. O avião da Air France tinha a bordo 228 pessoas, de 32 nacionalidades, a maioria de brasileiros e franceses. Após o último contato realizado pela aeronave, às 23h14 de domingo, os governos do Brasil, França, Espanha e Senegal deram início à busca de sobreviventes e dos destroços do avião. No fim da noite de ontem, as autoridades investigavam a suspeita levantada por um piloto da TAM que teria visto “pontos laranjas” no Atlântico a cerca de 1.300km de Fernando de Noronha. Entre as diversas hipóteses apontadas para o acidente, a Air France admitiu a ocorrência de um raio como possível causa da pane elétrica registrada nas mensagens automáticas do voo 447. É a primeira vez que esse modelo de Airbus se envolve em um acidente grave. Especialistas consideram o avião uma das máquinas mais seguras do mundo. Misteriosamente, porém, a tecnologia não foi capaz de garantir a viagem do Galeão até o Aeroporto Charles de Gaulle. (págs. 1, 21 a 28)

Foto legenda: Brasília - O maestro Silvio Barbato e a cantora Juliana De Aquino, que já moraram na cidade, estavam no voo 447. O pai da artista foi ao aeroporto JK

Foto legenda: Rio de Janeiro - A apreensão toma conta dos parentes das vítimas no aeroporto do Galeão. segundo a Anac, o avião da Air France tinha 57 brasileiros a bordo: 56 passageiros e um tripulante

Foto legenda: Paris - Familiares e amigos chegam ao aeroporto Charles de Gaulle. Presidente da França, Nicolas Sarkozy, disse que são “ínfimas” as chances de encontrar sobreviventes

------------------------------------------------------------------------------------

Valor Econômico

Tragédia com Airbus na rota Rio-Paris
O desaparecimento sobre o Atlântico do Airbus 330-200 da Air France, com 228 pessoas a bordo, que fazia o voo 447 entre o Rio de Janeiro e Paris na noite de domingo, pode transformar-se em um dos mais trágicos mistérios da história da aviação. Não se sabe a causa do acidente, o primeiro de grandes proporções com uma aeronave desse modelo.

A única pista para explicar o ocorrido, antes que seja encontrada a caixa-preta do avião, é uma mensagem automática dando conta de uma pane elétrica a bordo, associada a uma despressurização da cabine. Até a noite de ontem, nenhum indício do Airbus havia sido encontrado pelos aviões da Aeronáutica. (págs. 1, A4 e A6)

------------------------------------------------------------------------------------

Estado de Minas

Manchete: Avião some rumo a Paris (pág. 1)

------------------------------------------------------------------------------------

Jornal do Commercio

Manchete: Agonia e incerteza
Até às 23h30, não havia pistas do avião da Air France que sumiu quando ia do Rio a Paris com 228 pessoas, sendo 58 brasileiros. Executivo de Suape está entre os passageiros. Luzes teriam sido vistas no mar. Hipóteses para desaparecimento são muitas. (pág. 1)

Nenhum comentário: