Segundo informações da Polícia Federal, o motorista do bitrem furou uma barreira policial em alta velocidade, foi perseguido pelos agentes federais e para despistar a polícia, acabou jogando o veículo contra a ponte. Antes do veículo cair em uma das margens do rio, o suspeito abriu a cabine da carreta e saltou na rodovia. Ele foi preso em seguida pelos agentes federais.
No local, os policiais federais apreenderam 126 quilos de cocaína. Há uma suspeita de que mais droga esteja escondida em meio à carga. Um outro motorista também foi preso na mesma rodovia e, segundo a PF, era responsável por dar apoio ao transporte da droga.
Ambos foram presos e já foram encaminhados para o Centro de Ressocialização de Cuiabá (CRC). O procedimento da prisão em flagrante já foi concluído e será encaminhado à Justiça. Eles deverão responder pelo crime de tráfico de drogas. Ainda não se sabe a origem da droga. A placa do veículo bitrem é da cidade de Vera Cruz do Oeste, no Paraná. A perícia técnica da PF esteve na manhã desta quinta-feira (27) no local e vistoriou todo o veículo. O exame técnico no bitrem vai compor o inquérito já aberto pela PF que investiga o caso.
Barulho assustador
O aposentado José Calixto, de 66 anos, mora embaixo da ponte há três anos. Ele aluga canoas para pescadores da região e presenciou o momento exato que o bitrem se espatifou na margem do rio. "Eram 18h quando vi o caminhão atravessar a barreira da ponte e cair no rio. Nunca vi um barulho como aquele. Foi assustador", disse.
Com o impacto da queda, todo o combustível do veículo e a carga de milho foram despejados no rio. Em entrevista ao G1, o agente técnico da Defesa Civil Estadual, José Bruno de Souza Filho, disse que o proprietário do caminhão, assim que identificado, será notificado e multado por conta do derramamento de óleo combustível no meio ambiente. "Estamos avaliando o dano ambiental causado no rio. Pela capacidade de armazenamento de combustível do bitrem, nós avaliamos que foram despejados no rio cerca de 1,1 mil litros de óleo", ressaltou.
Uma equipe técnica da Defesa Civil vai percorrer o rio Cuiabá de barco para avaliar se há manchas de óleo no rio e também se peixes morreram. Mergulhadores do Corpo de Bombeiros também devem se deslocar ao local para ajudar na vistoria ao veículo.
Pelo estado em que o bitrem ficou após cair, a Defesa Civil avalia que a retirada do veículo do local só será possível por meio de um guindaste. "Nós recomendamos à Polícia Federal que a carreta seja içada por um guindaste instalado na ponte. Se ela for retirada pela margem do rio, o dano ambiental será maior", revelou. Desde o início da manhã desta quinta-feira, o fluxo de veículo na rodovia é lento e exige atenção redobrada dos motoristas.
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