O delegado Paul Henry Bozon Verduraz, titular do 15º Distrito Policial, no Itaim Bibi, na Zona Sul de São Paulo, disse que pretende ouvir ainda nesta segunda-feira (11) o empresário Marcelo Malvio de Lima, de 36 anos, que dirigia o Porsche que colidiu com o automóvel da advogada Carolina Menezes Cintra Santos em uma rua do bairro neste sábado (9). A mulher morreu e a perícia afirma que o Porsche trafegava a 150 km/h.
O Porsche se chocou com o Hyundai Tucson conduzido pela advogada na Rua Tabapuã, próximo à esquina com a Rua Bandeira Paulista. Os dois carros foram parar em um poste, um em cima do outro. Carolina, de 28 anos, morreu na hora. O motorista do outro veículo foi levado para o Hospital São Luiz, onde permanecia internado até o fim da manhã desta segunda-feira, segundo a polícia. A assessoria do hospital disse que, a pedido da família de Marcelo, não poderia divulgar informações sobre o estado de saúde dele.O delegado disse que aguarda apenas uma liberação médica – ou a alta do paciente – para ouvir o depoimento do motorista, o que espera que aconteça ainda nesta segunda-feira. Até esta manhã, o motorista estava sob escolta policial no hospital e poderia ser preso quando recebesse alta. “Para nós, ele está preso em flagrante”, explicou Verduraz. O delegado disse, no entanto, que era preciso aguardar o posicionamento da Justiça sobre a prisão.
O advogado do empresário, Pedro José Vilar Godoy Horta, afirmou por volta das 12h que entrou com um pedido de liberdade provisória neste domingo (10) e que ele teria sido concedido pela Justiça. Ainda segundo Horta, a liberdade provisória foi concedida mediante o pagamento de fiança. A defesa do motorista, porém, não informou o valor. Até as 12h15, no entanto, a assessoria do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) não confirmava a informação. O advogado não quis dar outros detalhes sobre a defesa ou a versão do empresário sobre o acidente, mas disse que deve falar sobre o caso ainda nesta tarde.
A polícia ouviu oito testemunhas do acidente durante o fim de semana e procurava, nesta segunda-feira, câmeras de segurança na região que possam ter registrado a batida. Segundo o delegado, as testemunhas disseram que a advogada avançou o farol vermelho devagar, por volta das 2h45, quando houve a colisão. Após o acidente, o carro da advogada foi lançado a uma altura de 50 centímetros até bater no poste.
Os policiais não descartam que o motorista do Porsche estivesse embriagado no momento do acidente. O empresário teria admitido, durante depoimento colhido no hospital, ter tomado "uma ou duas taças de vinho". Ele será indiciado por homicídio doloso, quando há intenção de matar. Isso porque, segundo a polícia, ao dirigir em alta velocidade ele assumiu o risco de causar um acidente.
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