sábado, 27 de abril de 2013

Proposta do PDT quer punições mais duras para rachas


O plenário da Câmara aprovou nesta quarta-feira um projeto de lei que endurece a pena para quem pratica corridas ilegais nas ruas ou faz ultrapassagens perigosas. A proposta original aprovada (PL308/2007) é de autoria do ex-deputado Pompeo de Matos (PDT/RS).
Assista à manifestação do deputado Miro Teixeira sobre o projeto.
http://vod.camara.gov.br/cgi-bin/playlist.pl?p=auditorio2_2013-04-24-13-59-32-000_79217&d=1
A principal novidade do texto do projeto de Lei em relação ao Código de Trânsito Brasileiro (Lei 9.503/97) atual é a introdução da pena de reclusão para os agravantes que possam ocorrer na prática do racha, mesmo que o agente não tenha desejado o resultado nem assumido o risco de produzi-lo. No caso de morte ocorrida em decorrência do racha, a pena será de reclusão de 5 a 10 anos, sem prejuízo de outras penas. Para a lesão corporal grave, a pena será de 3 a 6 anos. A pena para a prática do “racha” em vias públicas aumentou de seis meses a dois anos de detenção para seis meses a três anos.
O Ministério da Justiça também comemorou o aumento das multas para ultrapassagens perigosas. “As ultrapassagens correspondem à causa de 5% dos acidentes nas rodovias, mas têm a maior mortalidade, de cerca de 40%”, disse o secretário de Assuntos Legislativos do Ministério da Justiça, Marivaldo Pereira, que acompanhou a votação em Plenário. Essas multas podem chegar a cerca de R$ 1 mil e, na avaliação do secretário, vão levar a uma conscientização da sociedade sobre os perigos da ultrapassagem. Além disso, uma emenda proposta em Plenário prevê o exame toxicológico em caso de acidente como meio de verificar se o condutor conduzia o veículo sob a influência de álcool ou de outra substância psicoativa que determine dependência.
Para Pompeo de Mattos, a aprovação desse projeto de Lei é um passo importante para resolver uma grave deficiência do Código Trânsito Brasileiro: “Não tem sentido o CTB considerar os delitos de embriaguez ao volante e participação em competição não autorizada (o famoso “racha”) como infrações penais de menor potencial ofensivo. Esse projeto corrige isso.”
A proposta que agora será analisada pelo Senado é um texto substitutivo ao PL 2592, de autoria do deputado Beto Albuquerque.

quinta-feira, 25 de abril de 2013

Câmara aprova projeto que aumenta punição a motoristas que fazem racha

Quem participar pode pegar de seis meses a três anos. Se houver morte, a punição pode chegar a dez anos. Senadores precisam analisar a proposta.

Giovana Teles Brasília, DF
Em Brasília, a Câmara dos Deputados aprovou um projeto que determina a prisão de até dez anos para quem provocar acidentes com mortes durante um pega, e as multas também ficam mais pesadas.
O projeto aumenta as multas para as ultrapassagens perigosas. O motorista que ultrapassar pelo acostamento pode ter a multa multiplicada por cinco. Se forçar a ultrapassagem em pista de duplo sentido, a multa é multiplicada por dez.
Pelo projeto aprovado, quem participar de um racha pode pegar de seis meses a três anos de prisão, A lei atual prevê de seis meses a dois anos. Se houver acidente ou morte, a punição é mais rigorosa. O motorista que em um racha provocar uma lesão corporal grave pode ficar preso de três a seis anos, e se houver morte, de cinco a dez anos.
Os parlamentares lembraram que com essa alteração a pena por morte nesses casos não poderá mais ser convertida em pena alternativa. Agora, os senadores precisam analisar a proposta.

quarta-feira, 3 de abril de 2013

Discussão com passageiro causou acidente na Avenida Brasil, diz Rio Ônibus

Douglas Corrêa
Da Agência Brasil
Rio de Janeiro - O vice-presidente do Sindicato das Empresas de Ônibus do Município do Rio (Rio Ônibus), Otacílio Monteiro, disse que ele foi informado que um passageiro pulou a roleta do ônibus da empresa Transportes Paranapuan para agredir o motorista, André Luiz de Souza Oliveira, 32 anos, e 'em virtude disso o motorista perdeu o controle da direção e despencou do viaduto da Ilha do Governador'. O ônibus que caiu do Viaduto Birgadeiro Trompowsk sobre a Avenida Brasil na tarde de hoje deixou sete mortos.
Otacílio Monteiro informou que o ônibus tem tacógrafo que mede a velocidade do coletivo e três câmeras de segurança que monitoram todo o movimento dentro do veículo. Ele disse que esses equipamentos são blindados e devem ser recolhidos pela polícia técnica para auxiliar no laudo sobre as causas do acidente.
O vice-presidente da Rio Ônibus disse que, falando de uma maneira hipotética, o que ocorre muito no Rio é que o passageiro toca a campainha e quer que o motorista pare fora do ponto e ', muitas vezes, essa atitude acaba resultando em confusão'.
O ônibus foi retirado da pista lateral em direção ao centro da Avenida Brasil. A operação levou mais de uma hora. O coletivo caiu de rodas para cima e teve o teto na parte da frente completamente amassado. Técnicos da Companhia de Engenharia de Tráfego estão avaliando neste momento a condição da pista para liberação do tráfego devido à grande quantidade de óleo derramado do motor do ônibus.
Duas pessoas foram levadas para o Hospital Federal de Bonsucesso (HFB) pelo Corpo de Bombeiros. Uma delas é uma mulher, de 59 anos, que não estava no ônibus, mas presenciou o acidente e teve um mal súbito. Ela está entubada e foi atendida na Unidade de Pacientes Graves. Uma jovem, de 17 anos, que estava no ônibus sofreu uma fratura da clavícula e foi submetida a uma tomografia computadorizada. Ela também sofreu um corte na cabeça e o ferimento está sendo suturado.
*Colaborou Alana Gandra